sábado, 16 de julho de 2016
Elegia para "Bertholletia Exelsa"
Elegia para "Bertholletia Exelsa"
(Soneto a Quatro Mãos para uma Castanheira Rara)
Adriano Pereira & Ricardo Vidal
Do meio, bem no meio da feira,
Avistava-se a castanheira
Do novo e largo horizonte.
Ela estava ali, após a ponte.
A castanheira, antigo marco,
(Que nem as águas de março
Ousavam-lhe sequer perturbar)
Por descuido humano, iria tombar.
Cairá como um vivo monumento,
Como mistério ainda irresolvido.
Cairá sem cometer um delito.
Cairá altiva, até o último momento.
Mas a quem a culpa cairá com certeza?
No gestor descuidado ou na natureza?
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