sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

ELEGIA



Da castanheira
da jaqueira
da goiabeira
da mangabeira
da amendoeira
da pitangueira
da laranjeira
da aroeira
da gameleira
da graxeira
da amoreira

do jambeiro
do tamarineiro
do dendezeiro
do abacateiro
do jasmineiro

todas as árvores
eram sinais
de gente morta

de quando os homens
pensavam:
era preciso semear
des_gentificando
desertando
deserto
de certo
brotou flor
floresceu
cresceu
e não morreu.


poema de Adriano Pereira sob foto de Antônio Marinho

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