quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um Réquiem à Paulo Queiroz



No início da semana manifestei a "mudez" perante a destruição do nosso patrimônio histórico.
Divido com vocês o email que recebi de Cíntia, publicando-o aqui como uma espécie de Réquiem:

AH Dri,

Ainda ouço a voz do Paulinho cheia de fumaça envolvendo aquele corpo tão fácil de ser abraçado. Pessoa de riso fácil, bom de lembrar músicas e piadas, histórias maravilhosas sobre pessoas comuns... Paulinho tinha o dom de transformar qualquer caso corriqueiro e qualquer pessoa comum numa cena de cinema. As mãos magras se levantavam ao ar e a história parecia ganhar vida enquanto ele a regia como um maestro a frente de uma orquestra.
Quantas vezes deixei Paulinho a frente do casarão, onde ele entrava pela porta e evaporava... Tantas outras vezes me deparei com Paulinho abrindo a porta e saindo do casarão, batendo no ombro e dizendo:
- E ai, japonesa baiana!

É... percebo aos poucos que a Valença que deixei não será a mesma que deixei. Por tudo que tem acontecido,


essa nova Valença me parece tão mais triste...


Amor,

Cintia.

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